sexta-feira, 16 de maio de 2008




Dentro dos propósitos fundadores e estruturantes da Tertúlia Farense, cumpriu-se, mais uma iniciativa, a décima quarta, no restaurante Chalavar. A sessão contou com a presença de cerca de 30 pessoas que assistiram à intervenção de João Resende subordinada ao tema: Gentes de Faro.
Ao longo das duas horas reservadas à exposição do tema, e após um breve nota introdutória sobre a moeda corrente, o euro, o orador invocou a memória de personalidades ímpares na história da cidade.
Coelho de Melo e o episódio que protagonizou com o Marquês de Pombal, o Bispo D. Francisco Gomes do Avelar - a obra que realizou por todo o Algarve, a intervenção nas Invasões Francesas, e alguns aspectos da vida privada - , o Conselheiro Ferreira de Almeida, o Dr. Lázaro Doglioni e o Teatro Lethes, o Dr. Justino Cúmano, a família Bivar, José Maria Assis foram algumas das personalidades sobre as quais João Resende entendeu pronunciar-se.
No final da sessão Eduardo Brazão Gonçalves pediu a palavra para sensibilizar os presentes para uma realidade amarga. Samorrinha, um fotógrafo farense dos princípios do século xx, terá deixado à Câmara Municipal um espólio de cerca de 30 000 fotografias da cidade e das gentes de Faro. Por incapacidade da autarquia, para conservar e tratar esse documentos, as fotografias teriam sido enviadas para Lisboa. Eduardo Brazão Gonçalves teve a oportunidade de assistir, no Estoril, a uma exposição dedicada ao fotógrafo. A sua indignação prende-se com o facto de não haver em Faro qualquer possibilidade de aceder a essas fotografias.
Situação que se espera a autarquia venha a resolver.

domingo, 11 de maio de 2008

Tertúlia Farense, dia 15


No dia 15, às 20.00, vamos realizar mais uma sessão da Tertúlia Farense, no restaurante Chalavar. A palavra inicial será do João Resende que falará das Gentes de Faro. Nesta sessão pretendemos alargar a intervenção aos membros da Tertúlia presentes, pelo que cada um poderá trazer um tema para discussão.


quarta-feira, 7 de maio de 2008

Tertúlia Farense e Café Oceano, 14 de Maio, às 18:30, no Café Aliança

Como era intenção da Tertúlia Farense contar com a participação do Prof. Óscar Ferreira numa das nossas sessões, e tendo-se constatado que ele iria ser o convidado do Café Oceano, achou-se por bem associar os dois grupos para assistirem à sua intervenção sobre gestão costeira.


Sobre o Café Oceano

O Café Oceano nasceu de uma ideia original dos alunos de Oceanografia da FCMA e da Prof.ª Cristina Veiga Pires, também docente naquela faculdade, com o objectivo de debater assuntos relacionados, justamente, com o oceano. Decorre normalmente uma vez por mês, ao fim do dia, num café de Faro.
Para participar não é preciso ser especialista, só é necessária curiosidade e interesse pela matéria em debate. O painel de especialistas que faz a apresentação mensal de cada tema, assim como a moderação da discussão, incentiva à participação de toda a população – todos são bem-vindos e, do ponto de vista da organização, quanto maior a diversidade de perspectivas, melhor. O debate acontece à volta da mesa, no café, em ambiente informal.
A primeira edição do Café Oceano teve lugar no dia 19 de Maio de 2005, no Bar do Álvaro, em Gambelas.






“Litoral e Temporal… Evolução e Destruição” em foco no Café Oceano de Maio

O Prof. Óscar Ferreira, docente e investigador da Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente (FCMA) da UAlg, é o orador convidado da próxima edição do Café Oceano, durante a qual vai falar sobre aquela que é a sua especialidade: gestão da linha costeira.

A evolução da zona costeira é em grande parte efectuada por impulsos, associados a eventos de tempestade, que deixam marcas permanentes da sua actuação (por exemplo, recuo de arribas) ou que, com o tempo, são mascaradas pela acção de outros mecanismos (como pela recuperação dunar).
Esta evolução é natural e deve ser encarada como tal na perspectiva geológica, sendo responsável pelo modelado da costa que hoje conhecemos, incluindo nessa paisagem muitas das atracções turísticas do Algarve: as arribas vermelhas de Vale do Lobo e Falésia, as grutas da Ponta da Piedade ou o declive abrupto e majestoso das falésias de Sagres.
Contudo, atraídos por esta beleza “temos desenvolvido uma ocupação próxima do limite, quebrando regras básicas de precaução e denotando uma impressionante atracção pelo abismo”, sublinha Óscar Ferreira.
“Como resultado acabamos por proteger as edificações, muitas vezes construindo muros, colocando pedra ou cimentando arribas, alterando e destruindo o património natural que nos atraiu inicialmente.”
Perante este cenário, o especialista deixa várias questões no ar. “No final, como coexistiremos? Resistirá a nossa ocupação e será alterada a morfologia costeira? Retiraremos gradualmente de locais onde já excedemos os limites de ocupação? Encontraremos medidas de adaptação?”
A edição de Maio do Café Oceano propõe um olhar sobre estas questões, actuais e que motivam muitas vezes acesas discussões de base ambiental, sócio-económica ou puramente de crença e opinião.


Para mais informação:
http.//cafeoceano.blogspot.com
ou
Prof.ª Cristina Veiga Pires (FCMA)
cvpires@ualg.pt