quarta-feira, 7 de maio de 2008

Tertúlia Farense e Café Oceano, 14 de Maio, às 18:30, no Café Aliança

Como era intenção da Tertúlia Farense contar com a participação do Prof. Óscar Ferreira numa das nossas sessões, e tendo-se constatado que ele iria ser o convidado do Café Oceano, achou-se por bem associar os dois grupos para assistirem à sua intervenção sobre gestão costeira.


Sobre o Café Oceano

O Café Oceano nasceu de uma ideia original dos alunos de Oceanografia da FCMA e da Prof.ª Cristina Veiga Pires, também docente naquela faculdade, com o objectivo de debater assuntos relacionados, justamente, com o oceano. Decorre normalmente uma vez por mês, ao fim do dia, num café de Faro.
Para participar não é preciso ser especialista, só é necessária curiosidade e interesse pela matéria em debate. O painel de especialistas que faz a apresentação mensal de cada tema, assim como a moderação da discussão, incentiva à participação de toda a população – todos são bem-vindos e, do ponto de vista da organização, quanto maior a diversidade de perspectivas, melhor. O debate acontece à volta da mesa, no café, em ambiente informal.
A primeira edição do Café Oceano teve lugar no dia 19 de Maio de 2005, no Bar do Álvaro, em Gambelas.






“Litoral e Temporal… Evolução e Destruição” em foco no Café Oceano de Maio

O Prof. Óscar Ferreira, docente e investigador da Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente (FCMA) da UAlg, é o orador convidado da próxima edição do Café Oceano, durante a qual vai falar sobre aquela que é a sua especialidade: gestão da linha costeira.

A evolução da zona costeira é em grande parte efectuada por impulsos, associados a eventos de tempestade, que deixam marcas permanentes da sua actuação (por exemplo, recuo de arribas) ou que, com o tempo, são mascaradas pela acção de outros mecanismos (como pela recuperação dunar).
Esta evolução é natural e deve ser encarada como tal na perspectiva geológica, sendo responsável pelo modelado da costa que hoje conhecemos, incluindo nessa paisagem muitas das atracções turísticas do Algarve: as arribas vermelhas de Vale do Lobo e Falésia, as grutas da Ponta da Piedade ou o declive abrupto e majestoso das falésias de Sagres.
Contudo, atraídos por esta beleza “temos desenvolvido uma ocupação próxima do limite, quebrando regras básicas de precaução e denotando uma impressionante atracção pelo abismo”, sublinha Óscar Ferreira.
“Como resultado acabamos por proteger as edificações, muitas vezes construindo muros, colocando pedra ou cimentando arribas, alterando e destruindo o património natural que nos atraiu inicialmente.”
Perante este cenário, o especialista deixa várias questões no ar. “No final, como coexistiremos? Resistirá a nossa ocupação e será alterada a morfologia costeira? Retiraremos gradualmente de locais onde já excedemos os limites de ocupação? Encontraremos medidas de adaptação?”
A edição de Maio do Café Oceano propõe um olhar sobre estas questões, actuais e que motivam muitas vezes acesas discussões de base ambiental, sócio-económica ou puramente de crença e opinião.


Para mais informação:
http.//cafeoceano.blogspot.com
ou
Prof.ª Cristina Veiga Pires (FCMA)
cvpires@ualg.pt

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