…...É um património valioso que se perde todos os dias, com a contínua e desorganizada expansão do tecido urbano da cidade”.
A apresentação que decorreu dia 12 de Abril no Colégio do Alto (Quinta Júdice Fialho), deu a conhecer e pôs em destaque a importância das Quintas das Campinas de Faro, como elementos relevantes do património cultural da cidade, que devem ser objecto de inventariação cuidada, preservação e valorização.
Tratam-se de conjuntos, ou o que deles resta, que integram a memória colectiva da cidade reflectindo um tempo e uma forma de construir que fazem parte, indubitavelmente, da cultura da região.
As quintas, localizadas na periferia da cidade nos terrenos férteis, formavam conjuntos mais ou menos estruturados e organizados em que a casa do proprietário e restantes edifícios, terrenos de cultivo e os elementos de água (poços, noras, aquedutos, regadeiras) eram uma constante.
As quintas tinham não só uma função produtiva mas também de recreio e lazer dos seus proprietários. É exemplo máximo dessa dupla qualidade, a Quinta Júdice Fialho, que retrata a posição social e económica do proprietário, à época da sua construção, cujo prestígio era evidenciado não só pela imponência da arquitectura, exemplar raro de palácio de influência francesa, como também do exotismo das plantas presentes no jardim e na mata, e pela erudição presente nas construção que salpicavam toda a propriedade.
texto de Amélia Santos, Arquitecta Paisagista
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